quinta-feira, setembro 25, 2008

Pausa.
Porque às vezes precisa distância.

A necessidade da solidão.


Pausa longa.
Depois do desgaste – socos, pontapés –
Explosão.
Dos gritos claros,
Gritos dissonantes
Ruídos baixos
Canção inaudível

...

Cansaço
Gemidos

E

uma pausa.

Descanso prévio
Equiparação de forças
Recolocar nas prateleiras recém-compradas
Novos livros
(No ouvido uma outra canção)

Segue o som mutante
Tango argentino
tempo mutável
(na pele outras mãos)
Tudo cambia e os segundos lentam
Ralentam
Perscrutam o tempo
A vaguidão
O vazio eterno
Das pausas
Breve meditação.

Um dia, abre os olhos
E se encontra
Ritmado
Espalmado
Num chão de estrelas

Flores tingidas de azul enfeitando o lar.