Um arregalo
Fernanda Shcolnik
Velocidade direta.
Tudo direto ao ponto.
Sujo as mãos em um livro antigo de prateleira
mal limpa, marcas do tempo, totalmente
desafiadora.
Desafia e se mostra na veia aberta e roxa.
Eu vejo um roxo.
Falo calada ao menino de Santa Teresa
o das calças-xadrez
que as minhas palavras são bem mais bonitas que as suas
(dele)
aquelas não respondidas.
Você se lembra?
Sujar as mãos com prateleira de livro antigo
um sonho antigo:
escrever foi realizar e: parar.
(Porque já foi.)
Tudo num direto
passando em asfalto o barulho que some
o mundo sem som. O som dos pneus. Os olhos que cerram.
Peço luz, eu imploro: luz!
Os olhos se cerram junto às cortinas.
O cheiro da veia roxa exala.
Os poros se fecham mas logo se abrem.
Um outro dia que nasce.
4 Comments:
Ah, gosto bem dos seus textos! Não tem publicado nada não? Digo, fora aqui no blog e tal.
vamos lá!
rs
Nem quase mais te vejo pela UERJ!
Beijocas
Oi! Po, eu to sempre na Uerj de manhã, mas meio dia eu saio correndo hehe
Publicar, só por aqui mesmo... é o que eu posso por enquanto, né.
Nanda, tem essas duas letras lá no site da Luisa!!!
Ah, novamente eu aqui!
Cadê novos textos?
tsc tsc
Vamos publicar essas coisas.
rs
São boas.
E você responde no seu própio comments, rs, muito engraçada.
Beijos,
Thiago Ponce
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