terça-feira, junho 13, 2006

Dentro e fora em dois atos

1.

quando se faz necessário odiar
odeio mais que as veias
minhas veias
arrebentam azulejam incham
intumescem
ardem
queimam, esverdeiam
desfalecem
estouram
pressionadas por um ar ausente


2.

o sol se reparte em crimes
já não há guerrilhas
hoje o que vejo é
o sol frio
que bate
arrebenta calçadas
derrete
azuleja o mundo
gela
os passos
que te pisam
que te cercam
configuram estrada nova
e (quase) oe mesmos crimes

1 Comments:

Blogger Thiago Ponce de Moraes said...

Olá Fernanda.
Outro dia apareci por aqui, mas acho que meu comentário não foi.

O negócio é o seguinte: O Casulo, jornal de poesia contemporânea do qual faço parte, vai ter, em breve, seu terceiro número.

A pergunta é: gostaria de participar com alguns poemas?

Se sim, me mande um email com uma coletânea pessoal de uns 10 poemas. Existe uma contribuição, rs, monetária a se fazer. Mas vale a pena. Daí você recebe 100 exemplares e tudo, et cetera.

Enfim, se se interessar, mande-me um email o quanto antes.

Ah, sim: poncedemoraes@gmail.com

Um beijo.

14 junho, 2006 23:27  

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