Não me prenda
entre essas mal conservadas
paredes.
Todo dia busco
brechas
nesses teus cabelos brancos
que emudecem.
Já não canto
mas desvendo
sua voz
(por debaixo dos cabelos)
que nada precisa dizer
para ser compreendida.
Todo dia busco as brechas
disfarçadas nas paredes
mal cuidadas e puídas
por entre as dobradiças
entre espaços entre
uma e outra gota.
(Chove não só
nesse apartamento
mas na folha,
essa onde escrevo)
3 Comments:
oi fernanda,
valeu também a visita.
e bons desenvolvimentos lá e aqui, como este seu poema.
beijo
Nanda, adorei! Você estava triste? Fiquei muito triste quando li esse poema... beijos eternos
uau!bom demais esse!
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