terça-feira, abril 25, 2006

Não me prenda
entre essas mal conservadas
paredes.
Todo dia busco
brechas
nesses teus cabelos brancos
que emudecem.
Já não canto
mas desvendo
sua voz
(por debaixo dos cabelos)
que nada precisa dizer
para ser compreendida.

Todo dia busco as brechas
disfarçadas nas paredes
mal cuidadas e puídas
por entre as dobradiças
entre espaços entre
uma e outra gota.
(Chove não só
nesse apartamento
mas na folha,
essa onde escrevo)

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

oi fernanda,
valeu também a visita.
e bons desenvolvimentos lá e aqui, como este seu poema.

beijo

27 abril, 2006 18:32  
Anonymous Anônimo said...

Nanda, adorei! Você estava triste? Fiquei muito triste quando li esse poema... beijos eternos

08 maio, 2006 00:09  
Blogger Flávia Muniz Cirilo said...

uau!bom demais esse!

12 maio, 2006 19:06  

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