E então alçar voo era como despir-se
um salto
um lapso
um rumo
um estalo
e sabendo-se nua havia que deixar o vento soprar
permanecente
nenhuma marca, nenhum engano
a pele lisa e solta era como renovada
alçar voo era novamente buscar verões,
as grandes portas como links secretos
nada que não tivesse antes conhecido
e então sentiria o gosto da areia
o gosto do sol
o gosto daquela fluência maior que o mundo
e de não se saber nada no imenso
mas sentindo tudo pulsante e pulsante como um poema de leminski
hai kais reluzentes
e voltar no tempo seria então como avançar ainda mais.....
um salto imenso no escuro e não seria a mesma pessoa. os olhos fechados se abrem quando sentem luz.... e galopante feito animal selvagem, as cenas pipocando em flashes, as cores misturadas em vozes soltas, galopante feito animal selvagem, desconhecido, entregando-se a alguma coisa visceral
1 Comments:
que lindo esse. o final ta incrivel, demais. beijao
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