sexta-feira, agosto 01, 2008

Em seus movimentos mais solares
revela-se um rosto
uma pele
umas dobras outras.

Na dança os limites do corpo expostos
conversa de mãos
esticar de dedos
dobradura de pernas
esgueirar da bacia

Tudo que é tenso num desenrolar sem nexo
e todas as partes mais tênues
– detalhe, centelha –
desdobram-se em expressão de agulha:
brilho sob o foco de luz.

1 Comments:

Blogger Flávio Corrêa de Mello said...

Olá Fernanda,
já fazia algum mtempo que não vinha aqui visitar tua página.
Continuas cada vêz mais aprimorando a forma. Gostei muito deste poema.

"(...)Na dança os limites do corpo expostos (...)

gostei dos elementos que você escolhe para expor o corpo a partir das ações verbais: conversar, esticar, dobrar, esqueirar. Isso para depois formar um conjunto: "expressão de agulha".

muito bom.

13 agosto, 2008 23:11  

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