quarta-feira, fevereiro 20, 2008

E subitamente chega o sertão:
com sua dureza quente
talvez indique
o desafrouxe dos sutiãs.

Mulheres tórridas
hão de suportar o hálito
que o tempo emana.

Aquela dureza talvez permeie
a finura das pernas brancas
e se encha de água,
fluidez.

Tudo que é etéreo lhe é contrário.

Aquelas mulheres que correm
não sabem buscar o tempo
sem marcas.

Essas tórridas mulheres
não podem viver
no sertão duro
de asfaltos quentes.

Nessa cidade,
merecem seus cuidados,
o trato de todas as fendas.

Podem virar papel, pó
ou balões coloridos de papel crepom
que se dissolvem
nas alturas quentes
seguindo a lei do tempo.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nandinha, esse v. fez em Salvador? Dá sensação de calor Beijos muitos /tia Flor

22 fevereiro, 2008 12:37  
Anonymous Anônimo said...

Não foi em Salvador... na verdade e um texto velho que tava num caderno meu antigo... nao sei porque postei, porque nao acho ele bom nao.... mas é que dialoga com o primeiro texto desse blogue, enfim....

to perdendo os critérios de publicação, cada vez mais :/ mas vou deixar ele aí

03 março, 2008 02:15  
Anonymous Anônimo said...

Nanda - voce tem visitantes permanentes hein ? Sua tia tá sempre de olho ! Seguinte: gostei da sua percepção das muié do sertão. Se vc nao estava no Nordeste captou sei lá aonde. Vidas passadas ! bjo ws

07 março, 2008 22:45  

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