E subitamente chega o sertão:
com sua dureza quente
talvez indique
o desafrouxe dos sutiãs.
Mulheres tórridas
hão de suportar o hálito
que o tempo emana.
Aquela dureza talvez permeie
a finura das pernas brancas
e se encha de água,
fluidez.
Tudo que é etéreo lhe é contrário.
Aquelas mulheres que correm
não sabem buscar o tempo
sem marcas.
Essas tórridas mulheres
não podem viver
no sertão duro
de asfaltos quentes.
Nessa cidade,
merecem seus cuidados,
o trato de todas as fendas.
Podem virar papel, pó
ou balões coloridos de papel crepom
que se dissolvem
nas alturas quentes
seguindo a lei do tempo.
3 Comments:
Nandinha, esse v. fez em Salvador? Dá sensação de calor Beijos muitos /tia Flor
Não foi em Salvador... na verdade e um texto velho que tava num caderno meu antigo... nao sei porque postei, porque nao acho ele bom nao.... mas é que dialoga com o primeiro texto desse blogue, enfim....
to perdendo os critérios de publicação, cada vez mais :/ mas vou deixar ele aí
Nanda - voce tem visitantes permanentes hein ? Sua tia tá sempre de olho ! Seguinte: gostei da sua percepção das muié do sertão. Se vc nao estava no Nordeste captou sei lá aonde. Vidas passadas ! bjo ws
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