quinta-feira, junho 02, 2005

Monólogo de Ana (Parte II)

Fernanda Shcolnik

Ana cola sentimentos
rasga
censura
e, no final,
nada.

Ana pensa e geme e dança
guardando memória antiga
mexendo numa ciranda
e roda e dança.
Quase alcança o impenetrável.

A menina colhe sonhos emplumados – muito bem sonhados
tentando construir um anexo
para guardar segredos, esconder minúcias dos imaginados.
Ela quer, se esforça, disfarça para si.
No final:
nada.
Ana então cessa a dança, o sonho, a casa
e se joga, quase nua, num mergulho exemplar.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

taí, este parece com alguma coisa sua que li durante a oficina e eu gostei por demais... acho que vc tem uma tendência para o trágico que inquieta a gente... esses finais suicídicos..., não sei não...

13 junho, 2005 23:10  
Anonymous Anônimo said...

O Anônimo acima era eu (roberto) Não sabia direito o q fazer para postar e acabou saindo assim mesmo, desculpa, tá?
Beijos
Roberto Mibielli

13 junho, 2005 23:12  

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