Monólogo de Ana (Parte II)
Fernanda Shcolnik
Ana cola sentimentos
rasga
censura
e, no final,
nada.
Ana pensa e geme e dança
guardando memória antiga
mexendo numa ciranda
e roda e dança.
Quase alcança o impenetrável.
A menina colhe sonhos emplumados – muito bem sonhados
tentando construir um anexo
para guardar segredos, esconder minúcias dos imaginados.
Ela quer, se esforça, disfarça para si.
No final:
nada.
Ana então cessa a dança, o sonho, a casa
e se joga, quase nua, num mergulho exemplar.
2 Comments:
taí, este parece com alguma coisa sua que li durante a oficina e eu gostei por demais... acho que vc tem uma tendência para o trágico que inquieta a gente... esses finais suicídicos..., não sei não...
O Anônimo acima era eu (roberto) Não sabia direito o q fazer para postar e acabou saindo assim mesmo, desculpa, tá?
Beijos
Roberto Mibielli
Postar um comentário
<< Home